quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

#009# - análise sociológica do prédio onde moro

     Caros amigos, 



           Conforme comentarei posteriormente, o maior bem que adquiri até este momento foi o apartamento no qual moro. Ele é responsável por grande parte do meu descontrole financeiro atual. Vou contar como se deu o contexto de sua aquisição. 

                  Por muitos anos, acreditei que, financeiramente, não valia a pena ter imóvel próprio. Pensava da seguinte forma - viver de aluguel me dá possibilidade de sempre morar perto do emprego (e de mudar de emprego com facilidade), evita reformas desnecessárias (quem tem mulher sabe que elas estão sempre imaginando reformas), aumenta a quantidade de dinheiro disponível para investimentos mais arriscados de longo prazo, e por aí vai. 

             Quando minha mulher engravidou, entretanto, parece que "virou a chave", como se diz por aí. Bateu uma vontade de garantir uma estabilidade para ela e para as crianças, de forma a não ser refém das vontades do proprietário. E lá fui eu garimpar um imóvel.                  


                               Família perfeita - esposa, filhos, cachorro, casa própria.... 

                        Estas foram as premissas: 

                  1- Quero um imóvel novo,  pois assim não teremos grandes problemas de manutenção e poderemos planejá-lo do nosso jeito. 

                   2- Tem que ser razoavelmente perto do meu emprego principal (concurso público).

                  3- Em um condomínio que disponha de área de lazer para as crianças, e com muitas unidades (mais de uma torre, de forma a  reduzir a taxa de condomínio). 

                   4- Um quarto para cada filho (planejávamos dois), espaço para um pequeno escritório, varanda. 

                     5. Pelo menos duas vagas na garagem. 

               O primeiro imóvel que visitamos ficava em um bairro muito nobre (nobilíssimo, falaria minha saudosa professora de português da escola), e custava a bagatela de R$ 20 mil reais o metro quadrado, em pleno ano de 2016. 

 

 


                                   
       Por incrível que pareça, este imóvel  não era em Mônaco, mas num país de merda chamado Brasil



                              Costumo dizer que, depois disso, tudo ficou barato....   acabamos fechando negócio em um apartamento que custou R$ 1,2 milhão, cerca de R$ 8.500 o metro quadrado. Financiei R$ 850 mil, dei o restante de entrada (depois falarei mais sobre o financiamento em si, amortizações, etc. O foco atual é falar sobre o prédio). 

                              Conforme ia frequentando o prédio, fui um observador atento da vizinhança.  Relato alguns fatos curiosos:



                           A- a presença de um grande número de orientais. São basicamente os japoneses, coreanos e chineses. O corretor da construtora já havia me falado que, durante o lançamento do projeto, os chineses chegavam com cash, ou dinheiro-vivo, no porta-malas do carro, e um deles chegou a comprar 3 imóveis de uma só vez, dessa forma. E o engenheiro que fez a reforma no meu apartamento comentou que havia trabalhado para um casal de chineses que solicitou a instalação de seis cofres oculto no apartamento.                           



 Apartamento dos chineses

 Apartamento do 40invest            


Segundo a reportagem, temos um milhão de reais em cima deste carro!

                                Primeira pergunta que me fiz - por que diabos eu estudei tanto ? Não seria melhor ser comerciante ou aprender com os chineses como se mudar para outro país, não saber nem falar a língua e dar um jeito de prosperar?


                               B- os carrões de luxo.  Se você passeasse pela garagem de meu prédio, que considero de classe média-média, encontraria os seguintes carros, todos blindados - coloquei o preço inicial sugerido de cada um:      


 BMW X6 - preço atual: a partir de R$ 662.950

Mercedes classe E - A partir de R$ 555.900

Porsche Cayman - A partir de R$ 415.000


 Camaro amarelo - a  partir de R$ 406.240

                         Segunda pergunta que me fiz - por que um cara que pode comprar estas máquinas, sonho de consumo de todo homem, passaporte para conquistar qualquer mulher, mora em um prédio deste padrão ?



                               C- os hábitos culturais dos chineses.. Quando eu era criança, sonhava em conhecer o mundo, namorar uma estrangeira e, quem sabe, morar no exterior. Até trocava cartas com uma menina da China, também como forma de exercitar meu inglês. A diversidade me excitava. Hoje, me faz ter náuseas. Não foram poucas as vezes nas quais flagrei chineses escarrando na piscina do prédio ou no chão, fumando em locais proibidos, ouvindo música em som elevado, descendo com lixo pelo elevador social..... e nem adianta dizer que era a dificuldade com a língua portuguesa. Todos os comunicados do condomínio eram em português e mandarim.           

          Terceira pergunta que me fiz - custa se adequar à cultura do local para onde você se mudou?               

                               D- o desrespeito ao próximo. Isso não é exclusividade do meu condomínio atual. A grande diferença que percebo é que hoje, com os grupos de whatsapp, tudo fica mais perceptível. Os desrespeitos mais comuns são: utilizar furadeira fora do horário estabelecido; não recolher as fezes dos animais; estacionar na vaga que não lhe pertence, ou deixar o carro na área de visitantes;  monopolizar os espaços comuns; bagunçar a academia (quanto maiores os músculos, menores os cérebros).  
                              E-a grande diversidade social. Há moradores aparentemente muito ricos, e outros que vendem alimentos e artigos de pequeno valor nos grupos de desapego. 

                              F- a existência de "grupinhos" - tal qual ocorria nas escolas, há vários "grupinhos", que na maioria dos casos não transita entre os demais. E, quanto mais "antigo" o morador, mais dono do condomínio se considera. 




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